1981 - Sala de Imprensa

Newsweek

Telefonema para cá, rascunhos para lá, felicidade misturada a um semblante de esforço e preocupação. Assim se resume a atual rotina de Sean Byron, fundador da agora extinta Byron Motorsports e que foi anunciado na função de chefe de equipe da Equipe Renault Elf na manhã desta segunda. De um desconhecido piloto da Turismo Carretera (categoria de automobilismo argentina) a um bem sucedido engenheiro e administrador, temos em Byron um clássico exemplo de apaixonado incondicional pelo esporte, cuja vida gira em torno de motores funcionando e cheiro de borracha queimada. Agora, com exclusividade para a Newsweek, temos seu primeiro comunicado em seu novo cargo:

"Fico extremamente orgulhoso em estar trabalhando com não apenas uma das maiores marcas do automobilismo, como também um nome essencial quando se pensa a respeito do automóvel em si. Ser chefe da Equipe Renault Elf é uma chance única, e tenho certeza que com muito esforço, cooperação e determinação, atingiremos nossos objetivos. Lamento a saída de Jacques Laffite, porém também estou eufórico para poder trabalhar com um piloto tão habilidoso e no auge como Didier Pironi. Quanto às outras questões, temos vontade de agir e pessoas competentes para o trabalho. Certamente haverão obstáculos para contornar, mas estes são coisas comuns em uma categoria competitiva como a F1, estamos todos confiantes que vamos superá-los."

Montadora alemã pretende construir uma parceria sólida com equipe de F1 e tranca segredo de tecnologia à sete chaves
Bild

Em entrevista, o porta-voz da divisão esportiva da BMW, Rupert Hauser, anunciou os planos da montadora de Munique nas negociações para entrar na F1. Segundo Hauser, a Bayerische Motoren Werke não entrará na F1 para fazer figuração e procurará uma parceria sólida e duradoura com uma equipe já bem estabelecida. Com isso, os principais candidatos passam a ser Savoia e Williams, visto que Ferrari e Fittipaldi virão com motores próprios em 1982. O contrato de fornecimento terá uma cláusula de duração mínima da parceria, o que garantirá a presença da BMW na F1 em alto nível por um prazo razoável. Outro ponto que Hauser deixou claro foi que a BMW não permitirá que a equipe parceira "roube" a tecnologia turbo. Ou seja, o contrato de fornecimento irá conter uma cláusula de que a equipe cliente não poderá desenvolver motores turbo no futuro, evitando que o time se aproveite do know-how trazido pela montadora alemã. É sabido que o engenheiro Paul Rosche, que trabalhou no desenvolvimento do motor turbo para a F1, está procurando emprego nas equipes e pode ajudar a desenvolver novos motores para as scuderias. Porém, se a equipe quiser ser parceira da BMW, terá que abdicar desta idéia e focar somente na parceria, deixando o desenvolvimento dos motores a cargo da BMW.

Às vésperas de iniciar as negociações para a temporada de 1982 da Formula 1, a equipe de Verona detentora de dois títulos mundiais de pilotos e um de construtores pode agora ser vista nos grandes cinemas da Itália em um curta metragem contendo os 10 momentos mais significativos da equipe na Formula 1.

A cúpula da equipe pretende reproduzir o filme em VHS e comercializá-lo entre seus torcedores que possuem vídeo cassete, já que 1982 pretende ser um ano bastante promissor para a equipe que tem trabalhado exaustivamente em dois projetos distintos desde abril do ano passado.

Manager da equipe desde a temporada de 1976, Giovane Biscazzi aprovou o vídeo que no momento está passando no seguinte cinema: https://gpmanager.forumeiros.com/t76-scuderia-marocchio-biscazzi#553

Montadora italiana compra ações de Fernando Oliveira e assume total controle da equipe
La Gazzetta dello Sport

Em uma negociação feita de forma totalmente secreta, a Fiat anunciou hoje que comprou todas as ações da Scuderia Ferrari. Dona da marca que dá nome ao time de F1 desde 1980, a montadora de Turim adquiriu os 51% de ações que pertenciam a Fernando Oliveira, antigo dono da extinta Scuderia Potere, assumindo então o controle total do time. Luca di Montezemolo foi nomeado diretor geral da equipe, acumulando todas as funções administrativas até que a Fiat encontre um novo manager esportivo.
As perpectivas da nova direção são manter o planejamento atual, com pequenas alterações, e aproveitar a experiência da equipe de pista que deverá ser responsável pelos acertos e estratégias de corrida. A equipe Ferrari já está fechada para a próxima temporada, mantendo os pilotos Niki Lauda e Alain Prost ao volante e os engenheiros Gordon Murray e Antonio Tomaini no comando técnico.

Conversas que estão rolando nos bastidores e na mídia sobre as negociações para a próxima temporada:

- Parece óbvio que Nelson Piquet e Savoia irão renovar seu vínculo, porém a Fittipaldi pode aparecer na negociação por fora. Seria bastante interessante para a equipe ter uma dupla totalmente brasileira, e já pensando também em uma possível aposentadoria de Emerson das pistas em breve, tornando o atual vice-campeão seu sucessor;
- Se a Fittipaldi partir para uma negociação com Piquet, Patrese pode acabar sobrando para a Project Four, que vem ambiciosa neste mercado buscando um crescimento rápido;
- Se não for em Patrese, a Project Four deve disputar Nigel Mansell com a Winhill. Deve vencer quem conseguir provar que tem o melhor equipamento;
- Arnoux deve assinar com a Renault. Melhor opção francesa para a vaga deixada por Laffite;
- A BMW está entre Savoia e Williams. Uma das duas ficará com Paul Rosche e com a parceria, enquanto a outra deve seguir com Ford-Cosworth, resta saber qual;
- Maurice Philippe, desempregado após o fechamento da LPR, será um dos engenheiros mais disputados do mercado. Winhill aparece como favorita, mas outras equipes buscando crescimento (ou voltar a crescer, como a Bleutter), devem entrar fortes na disputa;
- A Williams deve manter sua dupla de pilotos, uma das mais talentosas do grid;
- Raul Boesel e Roberto Guerrero são dados como certos nas novatas Vector e Callander, respectivamente, como já indicaram as negociações com patrocinadores;
- Eddie Cheever, desempregado, ao que tudo indica deverá ir para a nanica Highwind, que assinou acordo com um patrocinador americano;
- Andrea de Cesaris, após uma temporada de estréia marcada por críticas de todos os lados, deve ainda conseguir uma vaga para permanecer na F1, na Scuderia Rocca;
- Jarier deve ser a peça que faltava na Bleutter, ajudando a equipe a manter o apoio da Talbot, que exige um piloto francês.

De olho na segurança, reabastecimentos são limitados a um por carro
The Times

Após o surgimento das bombas de reabastecimento rápido, que prometem revolucionar as corridas de F1, a FIA manteve-se atenta os impactos em segurança e no aspecto esportivo das corridas. Temendo muita movimentação nos boxes devido ao uso destes equipamentos, a FIA resolveu limitar o número de reabastecimentos por carro em um a cada corrida. Outras medidas tomadas pela organização de controla as regras do automobilismo são os requisitos mínimos de segurança dos equipamentos, que vão desde aspectos técnicos do mesmo até os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) que devem utilizar os mecânicos.

[off] Savoia e Williams em relação aos BMW vai ser a disputa de 1982, wow .

Não vejo mal em levar a BMW pra Fittipaldi e deixar os motores novos na sala de decoração