1990 - Sala de Imprensa

Tópico destinado às notícias e anúncios oficiais da temporada de 1990.

Rocca comemora quarto lugar em 89 e comenta sobre os planos para 90

Sobre 89: "Não esperávamos um ano fácil e definitivamente não foi. Foi um ano desafiador, porque em paralelo com a temporada 89 e a construção do carro de 90, dividimos nossos esforços na realização de um sonho, a construção de nossa fábrica."

Quarto lugar nos construtores: "Não tivemos um motor potente e trabalhamos sem engenheiro de motor, o que nos impediu de brigar nos circuitos de maior velocidade: largamos apenas uma vez entre os 10 primeiros e não pontuamos. Mas o projeto de Rory Byrne, posteriormente otimizado por Gerard Ducarouge e Mike Coughlan, se mostrou excelente nos circuitos de baixa velocidade: somamos 15 de nossos 17 pontos nos quatro circuitos mais lentos, mostrando o quão acertada foi nossa decisão. São quatro anos consecutivos em que nos mantemos no top-5 dos construtores, sendo os dois últimos no top-4. Nosso desafio e todo o nosso esforço para 1990 será manter esse quarto lugar."

Para 90: "Tivemos longas reuniões com nossos patrocinadores e nosso corpo técnico. Algumas decisões extremamente difíceis serão tomadas, com foco na manutenção da Rocca na briga pelo quarto lugar e visando a manutenção da saúde financeira da equipe para os próximos anos. Nesse momento só confirmo nosso interesse nos pneus Goodyear e que exerceremos nossa preferencia pelo motor Ford Cosworth HB4."

E Arnoux? "Não queria falar muito nesse momento, mas foi a decisão mais difícil da história da equipe. Como opção de renovação era por apenas um ano e temos a necessidade de manter um piloto francês, decisão tomada em comum acordo com a Loto France que já nos apoia a sete anos, não havia a possibilidade de exercer sua opção de renovação. Faremos duas propostas, uma para continuidade por dois anos, assim atendendo a necessidade de nosso patrocinador principal, e outra que já está em suas mãos, para ser meu sócio e diretor da equipe. Em breve daremos maiores informações."

Ex-patrocinador da Eurobrun está em vias de adquirir parte da equipe

O restos da falida Eurobrun podem dar vida à uma nova equipe. Gabriele Rumi, dono da Fondmetal, fabricante de rodas automotivas que patrocinava a equipe italiana, está perto de adquirir o carro de 1990 da finada scuderia, além de parte de seus equipamentos. O carro já estava pronto visando a próxima temporada e os engenheiros do time tinham grande esperança sobre o mesmo, o que motivou o empresário a adquirir-lo e fundar sua própria equipe.
A Fondmetal tem sede em Bérgamo, Itália, onde deve ser a sede da equipe caso o negócio se concretize. Não há ainda informações referente a pilotos e engenheiros envolvidos no projeto, nem se haverá um segundo carro.

Soluções para continuidade da equipe são cada vez mais escassas; Dallara está de olho nos projetos do time para 1990

A situação crítica da Coloni pode culminar na falência do time nos próximos dias. Ainda sem encontrar um financiador para solucionar suas dívidas, a equipe segue com os salários atrasados, apesar de já ter finalizado o carro para a temporada de 1990. A possível saída através da venda do contrato do piloto Maurício Gugelmin ou do engenheiro iraniano Eghbal Hamidy, responsável pelo novo chassi, está cada vez mais distante, visto que não há interessados em pagar as respectivas rescisões.
Quem está de olho no que sobrará da equipe é Gianpaolo Dallara. Engenheiro com vários anos de experiência na F1, tendo neste ano trabalhado na Tyrant, o italiano é dono de uma empresa que fabrica chassis para categorias menores do automobilismo e existe o interesse do mesmo em adquirir o projeto do novo carro da Coloni, impulsionando sua entrada na F1.

Piloto que mais GPs disputou na F1 vai encerrando sua carreira após não chegar a acordo com Rocca

Chega ao fim a bela carreira do piloto francês na F1. Após não chegar a um acordo com a Rocca para disputar mais uma temporada, René Arnoux anunciou esta tarde sua aposentadoria da categoria máxima do automobilismo. Após 251 GPs em 17 temporadas, tendo conquistado 2 vitórias e 11 pódiums, o carismático Arnoux é o piloto mais longevo da história da F1. Sua tragetória iniciou em 1973 na Savoia, tendo corrido para a scuderia na Formula 2, embora só tenha permanecido uma corrida no time italiano. Mudou-se para a LPR, onde conseguiu seu primeiro pódium, como segundo lugar no GP da Grã-Bretanha de 1974. Teve passagens sem muito sucesso por Dardan, Tyrant e Roush-Fenway, até voltar para LPR em 1977. Assinou pela Bleutter, voltando a subir ao pódium no GP da França de 1978, ano que teve grande destaque, conquistando outros três pódiums. Infelizmente nos anos seguintes a Bleutter entrou em decadência e os resultados foram escassos.
Em 1982, Arnoux se reencontrou na carreira ao se juntar ao time de fábrica da Renault, onde voltou a subir ao pódium algumas vezes, incluindo sua primeira vitória, no GP da Alemanha de 1983. Porém, novamente se viu sem lugar com a saída da montadora francesa da F1 ao final de 1984.
O francês foi então obrigado a procurar novos ares e aí começou sua nova grande fase: a parceria com a Rocca. De 1985 até 1989 no time italiano, sempre com as cores da Loto France, foram quatro pódiums conquistados, incluindo a vitória no GP da Austrália de 1985, até hoje a única da equipe.
"É uma pena que não tenhamos chegado a um acordo, pois eu me dispus a correr mais uma temporada antes de me aposentar. Apesar disso, tenho a sensação de dever cumprido. Estou deixando a F1 em alta, tendo feito boas corridas nos últimos anos, embora neste momento também tenha vontade de fazer outras coisas. Agradeço a todos com quem trabalhei na F1, especialmente na Rocca, onde vivi anos maravilhosos. Obrigado.", disse o agora ex-piloto, em entrevista à TV francesa.

Rocca inaugura a Fabbrica René Arnoux, anuncia o frances como consultor da equipe e sociedade na Fórmula 3000

Inauguração da Fabbrica René Arnoux

"O RR-190 já foi totalmente desenvolvido e construído em nossa fábrica, mas somente agora conseguimos realizar a cerimonia de inauguração; era impossível parar durante a temporada, em meio a uma disputa ponto a ponto com Potere e Williams pelo quarto lugar no mundial de construtores. Agora, com o resultado já conquistado e com o RR-190 totalmente desenvolvido, anunciamos com enorme felicidade que nossa fábrica está cem por cento operacional. De imediato, podemos dizer que o primeiro ganho foi adiantarmos os processos; ao fim de Dezembro já teremos o RR-190 totalmente pronto."

Homenagem a René Arnoux

De agora por diante, será conhecida como Fabbrica René Arnoux, uma homenagem que estamos fazendo com imenso orgulho a nosso maior ídolo: Arnoux disputou 5 temporadas e 80 GPs conosco, com uma vitória, quatro pódios, 25 pontuações, 37 top-10 e 61 pontos, além de 15 top-6 em grids de largada e uma primeira fila. Foram cinco anos mágicos, sempre com o máximo de performance e que nos possibilitou evoluir para o até então inédito sexto lugar no mundial de construtores em 1985, para o quinto em 86 e 87 e o quarto lugar em 88 e 89. A própria construção da fábrica é um marco que só nos foi permitido devido a evolução de nossos resultados e consequente aumento de receitas, o que foi possível devido ao ótimo time que formamos e muito devido aos resultados que Arnoux nos trouxe."

Novas atribuições do ex-piloto francês

"Imediatamente após sua despedida, já entramos em acordo e anuncio agora que René Arnoux será nosso Consultor Técnico pelas próximas três temporadas, acumulando também as funções de chefe da equipe Rocca na Fórmula 3 italiana. Também seremos parceiros técnicos da equipe DAMS na Fórmula 3000, da qual Arnoux é sócio."

Hall da Fama - Homenagem aos funcionários e ex-funcionários

"Aproveito também para agradecer a todo mundo que já fez parte de nossa história até o momento e que, dentro de sua área e possibilidades, foram fundamentais no nosso crescimento, seja por uma corrida ou várias temporadas. Inauguramos hoje nosso hall da fama:

Chefes de equipe:
Rodrigo Rocca [Entre 81 e metade de 84 e do terço final de 85 em diante]
Sir Bill "Aníbal" Gale [Metade de 84 ao segundo terço de 85]

Pilotos:
- Mauro Baldi [Piloto entre 81 e 83]
- Tom Pryce [Piloto em 83 e 84]
- Phillippe Streiff [piloto em 84]
- Riccardo Patrese [Piloto em 85 e 86]
- René Arnoux [Piloto entre 85 e 89]
- Michelle Alboreto [Piloto desde 1987]

Projetistas:
- Michel Beaujeon [Projetista dos carros de 81 e 83, Engenheiro Principal em 82]
- Rory Byrne [Engenheiro Principal de 83 / Projetista do carro de 84, Engenheiro Principal de 84 / Projetista do carro de 85, Engenheiro Principal de 87 com melhorias no carro de 87 / Projetista do carro de 88, Engenheiro Principal de 88 / Projetista do carro de 89]
- Bernard Dudot [Melhorias no carro de 85 e Engenheiro Principal em 85 / Projetista do carro de 86]
- Michel Tétu [Engenheiro de Pista em 86 / Projetista do carro de 87]
- Frank Dernie [Engenheiro de pista e melhorias nos carros de 83, 84 e 85, Engenheiro Principal em 89 / Projetista do carro de 90]

Engenheiros:
- Nigel Bennett [Melhorias no carro de 81]
- Ralph Bellamy [Melhorias no carro de 81]
- Georges Martin [Melhorias no motor Cosworth de 82]
- Giorgio Valentino [Engenheiro de Pista em 82]
- Mario Tolentino [Engenheiro de Pista em 82]
- Franco Rocchi [Engenheiro de Motor em 82]
- Carlo Chiti [Engenheiro de Motor em 83]
- Michel Tétu [Engenheiro de Pista e melhorias no carro de 84]
- Gordon Kimball [Engenheiro de Pista e melhorias no carro de 84]
- Jean-Jacques His [Engenheiro de Motor em 86]
- Claude Galopin [Engenheiro de Pista em 86]
- Dave Wass [Engenheiro de Pista em 86]
- Gordon Murray [Melhorias no carro de 86]
- Jean-Claude Migeot [Melhorias no carro de 86]
- Gustav Brunner [Melhorias no carro de 87]
- Neil Oatley [Engenheiro de Pista em 87 com melhorias nos carros de 87 e 88]
- Gerard Ducarouge [Engenheiro de Pista em 88 com melhorias nos carros de 88, 89 e 90]
- Keith Duckworth [Engenheiro de Motor em 89]
- Mike Coughlan [Engenheiro de Pista em 89 com melhorias nos carros de 89 e 90]

Motores:
Ford Cosworth Aspirado [81, 82 e de 89 em diante]
Alfa Romeo Turbo [83]
Renault Turbo [84 a 86]
Megatron Turbo [87 e 88]

Pneus:
Pirelli [81 e 82]
Michelin [83]
Goodyear [84 em diante]

Patrocinadores:
Kelémata [81]
Rizla [82 e 83]
Beta [83 e 84]
Loto France [84 em diante]
SEITA [85 em diante]

Dinheiro da transferência do engenheiro Eghbal Hamidy põe as contas do time em dia

A Coloni está a salvo. Depois de passar o mês de dezembro sem ter como pagar os funcionários, veio a notícia da negociação do engenheiro Eghbal Hamidy com a Collepin, cuja multa rescisória paga pela equipe francesa resolveu as dívidas da scuderia italiana, podendo agora colocar seu carro na pista nos testes de pré-temporada.
O iraniano sai do time com a sensação de dever cumprido: "Infelizmente tive que sair para que o time tivesse dinheiro para seguir, mas estou satisfeito com o trabalho que fizemos no novo carro da Coloni. Mas, a vida segue e agora estou focado em outro objetivo, que é trabalhar no carro da Collepin".

Foi um pouco polêmica a apresentação de Francesco Monelli como novo chefe de equipe da Biscazzi. Após a licença tirada por Giovane Biscazzi por motivos não revelados, Monelli foi o escolhido para substituir o dono no comando da equipe dentro da pista. Ao ser perguntado sobre como estaria a Biscazzi no futuro, o genovês foi categórico:

"Infelizmente, chegamos aqui e já tinha muita coisa definida. Me surpreendeu quando alguns candidatos a contratação vieram me dizer que a infraestrutura da equipe era bastante inferior a de várias concorrentes. Não sei se Giovane ficou com medo de gastar dinheiro, mas o fato é que tive que escutar de possíveis contratados que as outras equipes tem CPD disso, CPD daquilo, Fábrica de Motores e nós não temos nada."

Já sobre Martin Brundle, que fez apenas 25% dos pontos de Piquet no ano passado, e que teria sido especulado que só não foi mandado embora devido a limitação da FOCA, sobre um prazo máximo de dispensa anterior a chegada do novo chefe, Monelli se esquivou:

"Tem contrato e fica até o fim do ano. Se não tiver um rendimento aceitável para o padrão Biscazzi que quero implantar, aí avaliaremos sua permanência. Mas no mercado aparentemente não tem nada de muito bom sobrando também....

Falta de resultados e crise financeira recaem sobre o dirigente

Diego Sanchez não é mais o manager da Williams. Em decisão tomada pelo presidente Frank Williams hoje, o americano foi afastado do cargo devido aos maus resultados e a grave crise financeira que vive a equipe britânica.
Sem pontuar e com uma série de erros de estratégia e organização atribuídos ao manager neste ano, a situação de Sanchez vinha ficando cada vez mais crítica. A crise financeira que o time vive desde o final da temporada passada, quando investiu pesado em infra-estrutura e não conseguiu reverter em resultados, já vinha colocando a cabeça do dirigente a prêmio.
Não foi anunciado substituto, sendo que a equipe deve se organizar internamente e dividir as funções do dirigente entre outros gestores de menor escalão.

Equipe e manager chegaram a um acordo para sua saída

Após longa reunião com a cúpula do time, o manager Bill Gale acertou sua saída da equipe Project Four. Ron Dennis, proprietário do time, chegou a um acordo com o dirigente após entender que a performance do time está abaixo do esperado, sobretudo devido má administração e envolvimento de Gale com assuntos extra-equipe. Figura carimbada no paddock da F1, Gale já chegou a ter sua própria equipe, a Galaxy, além de ter passagem pela Williams, a qual ainda é acionista, apesar das desavenças com Frank Williams. Seu futuro, bem como o novo manager da Project Four, seguem indefinidos.

Dirigente foi demitido após péssima campanha da equipe até o momento neste ano

Ocupando a última posição no campeonato, a Tyrant vinha em ebulição interna, a qual culminou na demissão do agora ex-manager Oliver Kingsley. A tradicional equipe britânica vem em decadência já há algumas temporadas, porém a situação chegou ao fundo do poço quando o time foi rebaixado para a Pré-Qualificação. Ainda não há definição sobre quem ocupará o cargo.

Incidente entre Senna e Mansell na largada do GP da Bélgica gera troca de farpas entre os pilotos e acende rivalidade

O clima estava pesado na coletiva de imprensa após o GP da Bélgica. Após o toque de Mansell em Senna na largada, o qual tirou o brasileiro da prova, o brasileiro acusou o britânico de jogar sujo e cobrou uma atitude da FIA, enquanto o britânico culpou o piloto da Savoia pelo incidente. "Um piloto do nível do Mansell não merece estar no carro em que está, na equipe em que está. Nunca foi ninguém aqui na Formula 1, desde sempre, e nunca vai ser. Ele não sabe competir a este nível. Ele joga sujo e me tirou de duas corridas nesta temporada. A FIA precisa fazer alguma coisa", bradou o brasileiro. Já Mansell foi mais sereno: "Senna é um grande piloto, mas um mal perdedor. E não admite seus erros. Ele veio para cima de mim na freada e não tive para onde recolher. A culpa do incidente é dele". Os delegados da FIA não viram nenhuma irregularidade na batida e não apontaram nenhum culpado.
Enquanto isso, Brasil afora, nas rodas de amigos, nas mesas de bar, em qualquer lugar, uma nova rivalidade acendeu: fãs da Fittipaldi x fãs de Senna. O público brasileiro vem cada vez mais se dividindo entre Senna e a equipe Fittipaldi, baseado no recente sucesso de ambos, embora Piquet ainda tenha uma grande base de apoiadores. Uma pesquisa em várias capitais do país apontou uma maior preferência dos fãs mais jovens por Senna, enquanto Fittipaldi tem a torcida principalmente dos mais velhos, que já vem desde a época de Emerson. Já Piquet é maioria da torcida em locais específicos, especialmente no Rio de Janeiro, sua terra natal. Com três grandes nomes na F1, a popularidade do esporte no Brasil vem crescendo cada vez mais.

Novidades são as novas sedes da França e Espanha

Foi divulgado nesta tarde o calendário para a temporada 1991 da Formula 1. O campeonato segue com 16 etapas, iniciando em março nas ruas de Phoenix, nos EUA, e terminando nas ruas de Adelaide, na Austrália, em novembro. As novidades em relação a este ano são as mudanças de sede nos GPs da França e Espanha. O reformado circuito de Magny-Cours passa a receber a F1 em terras francesas, substituindo Paul Ricard, o qual não renovou o contrato com a F1. Já na Espanha haverá a estréia do novíssimo circuito da Catalunha, nos arredores de Barcelona, substituindo o travado circuito de Jerez. O traçado catalão é seletivo, mas terá uma das maiores retas da F1.

metade do mês 3 - GP dos EUA, Phoenix
final do mês 3 - GP do Brasil, Interlagos
final do mês 4 - GP de San Marino, Imola
metade do mês 5 - GP de Mônaco, Monte Carlo
início do mês 6 - GP do Canadá, Montreal
metade do mês 6 - GP do México, Ciudad de México
início do mês 7 - GP da França, Magny-Cours
metade do mês 7 - GP da Grã-Bretanha, Silverstone
final do mês 7 - GP da Alemanha, Hockenheim
metade do mês 8 - GP da Hungria, Hungaroring
final do mês 8 - GP da Bélgica, Spa-Francorchamps
início do mês 9 - GP da Itália, Monza
metade do mês 9 - GP de Portugal, Estoril
final do mês 9 - GP da Espanha, Barcelona
metade do mês 10 - GP do Japão, Suzuka
início do mês 11 - GP da Austrália, Adelaide

Alemão não renovará com a Williams e seu destino deve ser o Mundial de Esporte-Protótipos

Stefan Bellof anunciou em coletiva de imprensa que esta será sua última temporada na Formula 1. Buscando nova motivação na carreira, o piloto alemão anunciou sua saída da F1 em busca de um velho desejo: correr na categoria de Esporte-Protótipos. Já há algum tempo fora da briga por vitórias, depois de ter sido vice-campeão pela Savoia em 1986, o germânico vem sofrendo com a decadência da Williams e necessita de um recomeço na carreira. Bellof tinha uma opção de renovação do contrato com a equipe britânica por mais um ano, mas já confirmou que não irá renovar.
No Mundial de Esporte-Protótipos, o destino do alemão deve ser a equipe Sauber Mercedes, atual campeã e que briga também pelo título desta temporada. Já houveram várias conversas entre a equipe germano-suíça e o piloto, estando o acerto bastante próximo.

Bicampeão pode estar de saída da F1

Parece que a longa carreira de Nelson Piquet na F1 se aproxima do fim. Em uma Biscazzi decadente, longe das vitórias, e em situação financeira não tão boa - a equipe estuda uma redução do salário do piloto - o bicampeão avalia mudar de ares. E a Indy surge como uma boa opção.
Piquet já revelou certa vez que deseja correr as 500 Milhas de Indianápolis. Além disso, seu amigo Roberto Moreno, que já corre lá há alguns anos com relativo sucesso, é um dos principais influenciadores da ida do veterano à categoria americana.
"É claro que avalio ir pra lá. Não vou ficar aqui ganhando merreca e andando em uma carroça", declarou o brasileiro, com sua típica falta de papas na língua.
Embora o piloto ainda não confirme, a possibilidade de um acordo com uma das equipes da Indy é grande. Embora também não se saiba exatamente qual time o brasileiro negocia, é sabido que Penske, Truesports e Patrick têm interesse nos serviços do piloto.

Sistema de descartes, apesar de justo, é muito complicado para o público em geral

A temporada de 1990 viu estrear um novo sistema de pontuação para o campeonato de pilotos da F1, onde são considerados apenas os 11 melhores resultados dentre 16 para somar pontos na classificação final. Após a décima quarta etapa, dentre os três postulantes ao título, um já descartou dois resultados e outro um, tornando as contas pelo título bastante complicadas para muita gente. No sistema antigo, Mansell hoje seria líder do campeonato com 73 pontos, seguido por Prost com 72 e Senna com 70. No sistema atual, a situação se inverte: Senna é líder com 70 pontos válidos, Prost é segundo com 68 e Mansell terceiro também com 68, porém duas vitórias a menos.
Mesmo que vençam as duas últimas corridas, Prost e Mansell não somariam 18 pontos a mais no campeonato, pois ambos ainda possuem 8 pontos para descartar (referentes a dois terceiros lugares). Desta forma, Senna precisa apenas de mais uma vitória, ou um segundo e um terceiro lugares, para levar o título. Porém, sempre é necessário fazer algumas contas a mais e conhecer os resultados a serem descartados para chegar à pontuação final. Se forem avaliadas outras combinações de resultados, as contas ficam ainda mais complicadas.
Tendo em vista este cenário, a FIA estuda uma nova mudança no sistema de pontuação, onde a idéia central seria aumentar a pontuação dada à vitória, valorizando a primeira posição nas corridas, e paralelamente reduzir a quantidade de descartes, ou até mesmo eliminá-los. Desta forma o sistema continuaria sendo justo com os pilotos que vencem mais e tornaria menos complicada a determinação da pontuação final.
O assunto será discutido novamente em reunião do conselho da FIA e tomada a decisão após o encerramento da atual temporada.

Bicampeão confirmou a ida para a Indy

O futuro do veterano Nelson Piquet está definido e não será na F1: o brasileiro assinou contrato com a Penske para disputar a próxima temporada da Indy. Insatisfeito na F1 e sem perspectivas de obter melhores resultados, Piquet optou pela mudança de ares, indo para uma das maiores equipes da categoria americana e prometendo brigar por pódiums e vitórias.
A assinatura do contrato ocorreu logo após teste realizado pelo piloto com o carro da Penske no circuito de Road America, onde ambas as partes saíram impressionadas com o resultado. "É um privilégio contar com um grande campeão como Nelson", disse Roger Penske, dono do time. "O carro é bruto e muito divertido de guiar. É um novo desafio para o qual estou pronto", disse Piquet.
O amigo do piloto Roberto Moreno, ex-F1 que corre na equipe Patrick, também esteve acompanhando o teste. "Os carros da Indy têm um estilo diferente de guiar e o Nelson se adaptou bem. Espero agora encontrá-lo na pista pra valer", comentou.

Tradicional equipe inglesa pode fechar as portas este mês

A crise financeira da Williams está próxima de chegar ao fim da pior maneira possível: com a falência do time. Em administração judicial há alguns meses, a equipe não conseguiu os resultados suficientes para equilibrar o caixa e depende de uma negociação improvável envolvendo a venda de Boutsen ou Murray para se salvar. A dificuldade nesta negociação deve-se ao alto valor das multas rescisórias de ambos.
Não havendo comprador, não restará outra alternativa a não ser fechar o time. A má administração é apontada como principal motivo para a derrocada da equipe, durante a gestão do antigo manager Diego Sanchez.

Vitória passará a valer 10 pontos e não haverá mais descartes

Foi confirmado nesta tarde na reunião do conselho mundial da FIA o novo sistema de pontuação da Formula 1, que passará a valer a partir da próxima temporada. Após a experiência com o sistema de descartes em 1990, que apesar de justo era um tanto complicado para o público, a entidade máxima do automobilismo decidiu por uma nova mudança. A partir de 1991, as vitórias passarão a valer 10 pontos, tanto nos campeonatos de construtores como de pilotos, enquanto os descartes deixarão de existir. Ou seja, todos os resultados serão considerados em ambos os campeonatos, porém valorizando a vitória com o ponto extra.
O novo sistema foi considerado ideal pela FIA, já que é bastante simples e justo. O campeonato deste ano, por exemplo, ficaria inalterado, já que Senna seria campeão da mesma forma. Mesmo sendo irregular durante a temporada o brasileiro seria tetracampeão, empatando em pontos com Prost mas vencendo pelos critérios de desempate, no caso o número de vitórias.